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A 4 de abril de 1968, Martin Luther King foi assassinado. Durante o tempo que permaneceu em fuga, o seu assassino, James Earl Ray, passou dez dias em Lisboa, a tentar obter um visto para Angola. Obcecado por esse homem fascinante, e graças à abertura recente dos arquivos do FBI sobre o caso, Antonio Muñoz Molina reconstrói o crime, a fuga e a captura de Ray, mas sobretudo os seus passos na capital portuguesa.
Lisboa é cenário e protagonista deste romance, enquanto destino de três viagens que se vão alternando na perspetiva do autor: a do fugitivo James Earl Ray em 1968, a do jovem Molina, que em 1987 partiu de Granada em busca de inspiração para O Inverno em Lisboa, livro que o consagraria, e a do escritor aclamado que tece a narrativa nos dias de hoje.
Original e apaixonante, Como a Sombra que Passa aborda, a partir da maturidade e num registo íntimo, temas relevantes na obra de Antonio Muñoz Molina: o passado como matéria de difícil recriação, o caráter fugaz do instante, a construção da identidade e o fortuito como motor do real, que neste livro ganham forma através de uma primeira pessoa inteiramente livre que desafia perceções e se resolve no próprio processo de escrita.
Na imprensa
«Um livro incomparável.»
Salman Rushdie
«Um escritor intrépido.»
New York Times
«Regressa a rigorosa transparência narrativa do autor. E o frasear calculado da escrita para indagar entre as brumas. À memória, sempre luminosamente presa entre a verdade e a ficção, junta-se agora a urgência de uma reparação crucial que não chega tarde. Alguns mistérios da vida juntam-se a esse mistério que é toda a narração.»
El País
«Desde o primeiro romance, há trinta anos, é inevitável: tendo um tema, o escritor deposita nele todo o seu ser. Foi justamente assim que começou, em Lisboa, Como a Sombra que Passa.»
Le Monde
«O autor demonstra com justeza o poder da literatura, do imaginário, único instrumento válido para reconstituir uma vida.»
Le Magazine Littéraire
«Uma grande lição de escrita.»
Livres Hebdo
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