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Incorrigível: A História
Desconhecida de Carlos Rates
Pedro Prostes da Fonseca
O temperamento indomável e a cultura política levaram José Carlos Rates (1879-1961) a ter uma importância histórica no movimento operário da Primeira República e na fundação do Partido Comunista Português, de que foi o primeiro secretário-geral. Mais tarde, abraçou a ditadura militar saída do golpe de maio de 1926, aderindo à União Nacional, o partido único do regime. Caiu, assim, nos braços de Salazar, numa estranha cambalhota para a qual, indo ao fundo do seu pensamento político, se encontram algumas linhas de explicação, que este livro pretende revelar.
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No Alto da Árvore / Up in the Tree
Margaret Atwood e Margarida Vale de Gato
Livres e despreocupadas, duas crianças vivem felizes na sua casa na árvore. Mas quando castores esfomeados lhes devoram a escada de madeira, impedindo-as de descer, apercebem-se de que estarem sozinhas lá no alto pode não ser uma brincadeira. Concebida e ilustrada por Margaret Atwood, uma das mais celebradas escritoras da atualidade, esta original história em verso aborda as alegrias, os medos e as descobertas da infância, enquanto explora o potencial lúdico da linguagem. Edição bilingue (português/inglês), com tradução de Margarida Vale de Gato.
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Na Curva Escura dos Cardos
do Tempo (poesia reunida)
Leonor de Almeida
Homónima da Marquesa de Alorna, Leonor de Almeida (1909-1983) publicou, entre 1947 e 1960, quatro livros de poesia aclamados pela crítica: João Gaspar Simões integrou-a no rol «dos melhores poetas portugueses contemporâneos»; Jacinto Prado Coelho saudou-lhe a «personalidade lírica invulgar»; Artur Portela descreveu-a como um «dos casos mais extraordinários da poesia moderna»; em 1951, a revista "A Serpente" destacou-a como autora dos «mais fortes poemas até hoje assinados por um nome de mulher em Portugal»; E. M. de Melo e Castro e Natália Correia incluíram-na em antologias de referência. Depois, Leonor eclipsou-se numa treva de silêncio e mistério. Este volume resgata ao esquecimento a obra de uma das mais espantosas poetas do século XX português.
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Veloz como o Vento
Gine Victor, Herberto Helder e Rachel Caiano
A história verídica de Kumbo, filho adotivo de um chefe mongol, e do seu cavalo negro selvagem, Veloz como o Vento, valeu à escritora belga Gine Victor, em 1960, o Prix Jeunesse, atribuído em França ao melhor livro para jovens. A tradução portuguesa original, que a presente edição recupera, foi assegurada pelo poeta Herberto Helder, cujo estilo inconfundível se reconhece na prosa arrebatadora desta empolgante aventura.
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Obra Reunida
Manuel de Lima
Atravessada por um humor negro e absurdo com tonalidades surrealistas, a obra de Manuel de Lima (1915–1976) aparece finalmente reunida num único volume, incluindo reproduções de documentos dispersos ou inéditos que ajudam a conhecer melhor este criador singular na ficção portuguesa e a sua personalidade tão misteriosa como fascinante.
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O Inverno em Lisboa
Antonio Muñoz Molina
Entre Lisboa, Madrid e San Sebastián, a inspiração musical do jazz serve de envolvente a uma história de amor. O pianista Santiago Biralbo apaixona-se por Lucrécia e os dois são perseguidos pelo marido dela, Bruce Malcolm. A intriga adensa-se com o desaparecimento de uma tela de Cézanne e a entrada em cena de Toussaints Morton, um traficante de quadros e livros antigos, patrono de uma organização de extrema-direita, que se junta à perseguição.
Galardoado em Espanha com o Prémio da Crítica e o Premio Nacional de Literatura em 1988, este foi o livro que revelou internacionalmente Antonio Muñoz Molina como um dos mais estimulantes escritores contemporâneos de língua espanhola. A presente edição inclui um prefácio do autor.
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Como a Sombra que Passa
Antonio Muñoz Molina
A 4 de abril de 1968, Martin Luther King foi assassinado. Durante o tempo que permaneceu em fuga, o seu assassino, James Earl Ray, passou dez dias em Lisboa, a tentar obter um visto para Angola. Obcecado por esse homem fascinante, e graças à abertura recente dos arquivos do FBI sobre o caso, Antonio Muñoz Molina reconstrói o crime, a fuga e a captura de Ray, mas sobretudo os seus passos na capital portuguesa.
fuga e a captura de Ray, mas sobretudo os seus passos na capital portuguesa.
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Contos de Encantar
E. E. Cummings, Hélia Correia e Rachel Caiano
Poeta americano, dos maiores e mais inventivos da modernidade, E. E. Cummings (1884–1962) escreveu quatro maravilhosos Contos de Encantar para a filha e para o neto. Nesta primeira edição em português, ilustrada com o traço sensível de Rachel Caiano, as palavras, ternas e mágicas, são também de Hélia Correia, que assina a tradução e o prefácio, descrevendo assim as histórias:
«São textos jubilosos sobre o amor, o nascimento e o desfazer da solidão. Sendo Cummings quem é, há a tendência para ler mais do que lá está escrito e cada um fará como quiser. A alegria da linguagem, as tentativas e os avanços rituais, próprios da literatura de encantar, são, porém, um valor absoluto que dispensa outras interpretações.»
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O Homem de Ferro
Ted Hughes
Reconhecido sobretudo como um dos maiores poetas ingleses do século xx, Ted Hughes (1930–1998) foi também um prolífico e inspirado escritor para a infância, tanto em verso como em prosa. Originalmente publicado em 1968, O Homem de Ferro é uma aventura de ficção científica — que inspirou Brad Bird a realizar, em 1999, a animação O Gigante de Ferro, hoje um filme de culto —, imaginada e escrita como só um grande poeta seria capaz. Delicada na forma, incisiva na mensagem e com belíssimas ilustrações em xilogravura do artista britânico Andrew Davidson, esta é uma história para encantar as crianças e entreter os adultos.
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A Mulher de Ferro
Ted Hughes
Um quarto de século após a publicação de O Homem de Ferro, o poeta inglês Ted Hughes (1930–1998) concebeu, em 1993, esta sequela, que tem como protagonista a Mulher de Ferro. Ambientada num mundo desolador, ainda e sempre ameaçado de destruição — já não pelos arsenais nucleares e pela Guerra Fria, mas pela industrialização desenfreada que consome os recursos naturais e ameaça os ecossistemas —, a narrativa, fortemente simbólica e uma vez mais ilustrada com xilogravuras de Andrew Davidson, faz eco das preocupações ambientais do autor. Conseguirá a Mulher de Ferro ajudar os homens a salvarem-se, e à Terra, da sua insensatez?
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Descobri que Era Europeia
Natália Correia
Em 1950, aos 26 anos, Natália Correia visitou os Estados Unidos. Terra de fascínio e oportunidade para muitos emigrantes, o colosso americano é retratado neste livro, nos seus sucessos e contradições, com a penetrante lucidez da autora, já então capaz de intercalar diferentes registos de escrita com uma mestria prodigiosa.
Impressões de viagem, mas também diário, ensaio e até poesia convergem neste testemunho envolvente, de uma atualidade desconcertante, de quem partiu à descoberta do América e acabou por (re)descobrir as próprias raízes europeias.
Transcrito a partir do exemplar da primeira edição (1951) da biblioteca pessoal de Natália, o texto agora apresentado reflete as alterações e acrescentos por si introduzidos nesta obra de juventude, com vista a uma reedição que nunca chegou a supervisionar — e que surge agora, devidamente contextualizada, num volume enriquecido com material inédito, por ocasião dos 25 anos da morte da escritora açoriana.
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A Árvore dos Desejos
William Faulkner
A Árvore dos Desejos é o único livro infantil de William Faulkner e terá sido escrito pouco depois da publicação do seu primeiro romance, A Recompensa do Soldado (1926). Onírica e poética, a história, com personagens que encolhem, árvores que detêm poderes mágicos ou póneis que saem de uma sacola, antecipa vários recursos narrativos e estilísticos do romance mais célebre do autor, O Som e a Fúria (1929).
A 5 de fevereiro de 1927, Faulkner ofereceu um exemplar de A Árvore dos Desejos, datilografado e encadernado por si, à pequena Victoria Franklin, que celebrava nesse dia o oitavo aniversário. Victoria era filha de Estelle Oldham, uma antiga namorada de adolescência por quem o escritor continuava apaixonado, a ponto de, insistentemente, tentar convencê-la a pôr termo ao casamento infeliz e a casar-se com ele, o que conseguiu em 1929.
No entanto, até à morte de Faulkner, em 1962, a história nunca foi publicada. Em 1964, a Random House divulgou finalmente o texto que ficara na posse de Victoria, num livro-objeto magnificamente ilustrado por Don Bolognese com tiragem limitada de quinhentos exemplares. Seguiu-se, em 1967, uma edição convencional, também ela há muito esgotada, que serviu de base a esta primeira edição portuguesa.
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